quinta-feira, setembro 06, 2007

COMO ESCAPAR DO CLICO?

O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Luz insuportável de uma noite escura.
Vou dormir, então. Acordo, bem depois, e quero adormecer. Sem mais acordar.
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Escuro insuportável insuportável de um dia claro.
Trabalho bom pra encher a cabeça, enquanto as horas passam por mim, graças a Deus.
Até me encontrar em frente ao espelho, mais uma vez.
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Luz insuportável de uma noite escura.
Gosto maculado de uma bebida já engolida, às pressas de matar uma sede
que nunca se sacia... Uma cara mais amistosa pra aplacar represálias num
convívio... Uma tela que brilha e um gosto de não querer nenhum gosto.
Novamente vem e vai... E vem, de novo...
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Luz insuportável de uma noite escura.
Uma conversa de espinhos, sem querer machucar ninguém.
Eu, quase nu, tentando me enxergar.
Mas, de repente,
um abraço.
O universo se expande,
como no Big Bang!
E, eu sei, o começo do universo foi assim. Num abraço, numa escada, num calor de aconchegantes 18 graus, sob as gotas finas de uma pausa entre o agora e o depois...

5 comentários:

Vanessa Anício disse...

"Até me encontrar em frente ao espelho, mais uma vez.
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência."

Essa parte me fez lembrar um conto do Machado de Assis, O Espelho, que li para o vestibular. É uma cena em que um homem decide contar sua experiência ao descobrir que possui duas almas: a exterior e a interior, das quais uma não vive sem a outra.Chega uma hora em que ele fica extasiado com o sucesso no trabalho, afinal alcançou o cargo de alferes, mas o mais importante era a farda.Esta o fazia tão prepotente a ponto de se olhar no espelho sem ela e não se enchergar;quando ele vestia seu uniforme, conseguia enchergar sua imagem nítida, com as curvas perfeitamente delineadas, ou melhor, sua fantasia.

Tirando do conto apenas o apego material,às vezes é preciso apenas definirmos melhor nossas metas, encontrar nossos objetivos e traçar melhor nossos caminhos, para conseguirmos nos encontrar, nos enxergar. Esse apenas entra no meio da frase dando uma ar de leveza, mas na prática se torna um tremendo obstáculo a ser transposto.

hj eu falei demais...
Rapha, se precisar sabe que estou aqui e pode contar comigo!Não vou fazer vc se enchergar no seu espelho, mas pelo pelo menos estar ao seu lado e te dando força...

Grande beijo!!!!

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Vanessa, lembrar o Machadão é engraçado... Não gosto muito dele, mas sei que ele é bom e do que é capaz... Obrigado pela força. Pode deixar que eu me vejo melhor no espelho contigo... Grandissíssimo beijo!

Luanda Perséfony disse...

ciclo-escolhas-ciclo!!!

escolhas-ciclo-escolhas???

Será que realmente essas escolhas existem ou são apenas mais uma das maneiras de nos prender aos ciclos, ciclos da vida, ciclos do viver, ciclos de nós mesmo...

sabe Rapha,
a muito descobri que nem sempre é possivel nos enxergar, nos mostrar ou ate mesmo enxergar a mais tranlúcido onda
e,
na ausência da resposta somente o silêncio e o calor são capazes de falar... na tentativa "Uma conversa de espinhos, sem querer machucar ninguém."... bom que seja assim pois, as pétalas tbm nos machucam, porém sem a siceridade dos espinhos.

o que mais além de uma correnteza de calor e carinho capaz de expandir todo o universo que nos mantem em ciclos???

abraços amigo!!!

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Lu, vou ficar um tempão tentando decifrar seu comentário... Pensei nele numas 3 interpretações diferentes já (e não estou exagerando...). No mais, agradeço à amizade por se preocupar com os meus ciclos... Eu tô tentando ser menos cego e enxergar algo na escuridão que me leve a ser mais leve... Abraços? Obrigado! Bjs pra ti! rsrsrs

Anônimo disse...

nossa, Rapha!!!

não era a intenção, se vc quiser a gente pode conversar sobre isso... adoraria saber suas interpretações rsrsrsrs

quanto a agradecer... para né!!! amizade é isso, vc faz o mesmo por mim.

bjos pra vc tbm

mas neste post... ABRAÇÃO!!!