"...mas ele me olhou e respondeu ao que eu pensava:
- Tenho sede também... procuremos um poço...
Eu fiz um gesto de desânimo: - É absurdo procurar um poço ao acaso, na imensidão do deserto. No entanto, pusemo-nos a caminho.
Já tínhamos andado horas em silêncio quando a noite caiu e as estrelas começaram a brilhar. Eu as via como em sonho, porque tinha um pouco de febre, por causa da sede. As palavras do principezinho dançavam-me na memória:
- Tu tens sede também? perguntei-lhe.
Mas não respondeu à minha pergunta. Disse apenas:
- A água pode ser boa para o coração...
Não compreendi sua resposta e calei-me... Eu bem sabia que não adiantava interrogá-lo.
Ele estava cansado. Sentou-se. Sentei-me junto dele. E, após um silêncio, disse ainda:
- As estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê...
Eu respondi "é mesmo" e fitei, sem falar, a ondulação da areia enluarada.
- O deserto é belo, acrescentou...
E era verdade. Eu sempre amei o deserto. A gente se senta numa duna de areia. Não se vê nada. Não se escuta nada. E no entanto, no silêncio, alguma coisa irradia...
O que torna belo o deserto, disse o principezinho, é que ele esconde um poço nalgum lugar..."
tem um principizinho aí, que sempre tem palavras melhores que as minhas...
4 comentários:
é uma vontade.
Luiza, é mesmo...
Bjão!
"...mas ele me olhou e respondeu ao que eu pensava:
- Tenho sede também... procuremos um poço...
Eu fiz um gesto de desânimo: - É absurdo procurar um poço ao acaso, na imensidão do deserto. No entanto, pusemo-nos a caminho.
Já tínhamos andado horas em silêncio quando a noite caiu e as estrelas começaram a brilhar. Eu as via como em sonho, porque tinha um pouco de febre, por causa da sede. As palavras do principezinho dançavam-me na memória:
- Tu tens sede também? perguntei-lhe.
Mas não respondeu à minha pergunta. Disse apenas:
- A água pode ser boa para o coração...
Não compreendi sua resposta e calei-me... Eu bem sabia que não adiantava interrogá-lo.
Ele estava cansado. Sentou-se. Sentei-me junto dele. E, após um silêncio, disse ainda:
- As estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê...
Eu respondi "é mesmo" e fitei, sem falar, a ondulação da areia enluarada.
- O deserto é belo, acrescentou...
E era verdade. Eu sempre amei o deserto. A gente se senta numa duna de areia. Não se vê nada. Não se escuta nada. E no entanto, no silêncio, alguma coisa irradia...
O que torna belo o deserto, disse o principezinho, é que ele esconde um poço nalgum lugar..."
tem um principizinho aí, que sempre tem palavras melhores que as minhas...
Ah, Lu... Esse príncipe...
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