quinta-feira, setembro 01, 2011
CADABRA
Ela estava cozinhando. Fazia um almoço trivial. Nem percebia ao certo o que estava fazendo. Estava no modo automático.
Abriu uma gaveta para pegar um garfo e para sua surpresa seu rosto foi banhado de uma luz verde intensa, mas serena. De dentro da gaveta também saíam sons de pássaros cantando, de risadas de crianças, de caixinha de música, de folhas caindo com o vento...
Ela tentou usar os olhos ofuscados por tanto brilho para ver o que havia lá dentro, mas a luz só lhe permitia ver vultos com formas não muito definidas que pareciam dançar.
Sentia-se muito bem com aquele evento. E ela ficou ali olhando a gaveta por tanto tempo que esqueceu do almoço, da fome e da vida.
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6 comentários:
E daí que saem as melhores histórias.
Adorei, Rafa... tão delicada quanto forte!
Um beijo da "Luiza de fato". rs
hahaha... Que isso, meu bem!! Grandes beijos!!!
Você tem a arte de colocar gavetas como essa em minha vida! Saudade... bjo
hahaha... Eu faço isso, Pri?? E vc faz o que comigo então?? Me hipnotiza??
Beijos!!
Vou te pedir licença, Rapha, e fazer de conta que essa gaveta existe na cozinha daqui de casa (apesar de não haver gavetas aqui. O armarinho ainda vai demorar um pouco). Assim, acho que consigo dar conta da tal função cozinhística. Engraçado que li este texto depois do anterior, "Ode ao falso". Por falar em fantasia... Obrigado por me fazer sonhar novamente. Tem tanto tempo que não escrevo nada, que só seus textos pra me matar a vontade e a saudade da pena. Bjão.
Laly, e quem disse que essa gaveta não existe na cozinha, hein? Procura direito e depois me conta...
Bjos!
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