
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Luz insuportável de uma noite escura.
Vou dormir, então. Acordo, bem depois, e quero adormecer. Sem mais acordar.
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Escuro insuportável insuportável de um dia claro.
Trabalho bom pra encher a cabeça, enquanto as horas passam por mim, graças a Deus.
Até me encontrar em frente ao espelho, mais uma vez.
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Luz insuportável de uma noite escura.
Gosto maculado de uma bebida já engolida, às pressas de matar uma sede
que nunca se sacia... Uma cara mais amistosa pra aplacar represálias num
convívio... Uma tela que brilha e um gosto de não querer nenhum gosto.
Novamente vem e vai... E vem, de novo...
O buraco. O vazio. O oco. O vácuo. O nada. A falta. A negação. A ausência.
Subitamente, uma lágrima. Sem explicação. Nervos à flor da pele. Silêncio.
Ruas sujas de uma cidade limpa. Luz insuportável de uma noite escura.
Uma conversa de espinhos, sem querer machucar ninguém.
Eu, quase nu, tentando me enxergar.
Mas, de repente,
um abraço.
O universo se expande,
como no Big Bang!
E, eu sei, o começo do universo foi assim. Num abraço, numa escada, num calor de aconchegantes 18 graus, sob as gotas finas de uma pausa entre o agora e o depois...