
A chuva que cai é doce, como aquele sabor que a gente deixou de provar porque a nossa avó se cansou de fazer aquela receita de infância.
Enquanto isso, eu espero sentado na janela o instante em que não será mais possível resistir e eu sairei correndo pela grama para tomar um banho de chuva. E lavar esse meu coração, cansado desse cinza febril e inválido.
Assovio sozinho e vou para o quarto, deixar os sapatos e a cara fechada.
Que ninguém me segure, porque agora lá vou eu lavar a minha alma.