
Ela bebia alegre com os amigos num bar depois de um longo dia de trabalho. Havia mudado para São Paulo havia poucos dias. Era advogada e por isso usava salto alto, roupa social e maquiagem para trabalhar.
O papo fluia sem preocupação e a bebida se esvaziava facilmente na mesa. Muitas gargalhadas, brindes, assovios para o garçom.
De repente ela olha o relógio e descobre que já são cinco para a meia-noite. Despede-se às pressas das pessoas, tira os sapatos e sai correndo. Na correria, ela deixa um dos pés de sapato cair, mas não volta pra buscar. Tira o bilhete da bolsa e ultrapassa a última catraca do metrô que ainda estava funcionando.
Agora já do lado do embarque, senta-se em um dos bancos e acende um cigarro. Um homem que já estava sentado num assento próximo pergunta pelas horas.
E assim ela conheceu seu príncipe encantado.