
Eu me lembro bem que, quando era pequeno, na frente de casa havia um jardim de flores do campo... Nada de rosas ou margaridas: eram flores toscas, porém belas... E haviam muitas borboletas e besouros e joaninhas! A vida tinha mais vida...
Numa manhã, estava no jardim e uma joaninha pousou em mim. Na minha mão. E foi caminhando, subindo pelo meu braço...
Foi então que eu descobri a suavidade. Aquela carícia leve e profunda... Minha amiguinha vermelha me encantou com sua cor, sua delicadeza e sua pequenice. O mundo não era áspero!
Saudade de ser criança e da simplicidade da vida! Meu jardim não é florido e colorido... Há uma canção tocando entre a calma e a melancolia.
Será que nunca mais ela vai pousar no meu braço?
2 comentários:
Parabéns por este grande texto. Estou impressionado diante de tanto talento literário.
Adorei a joaninha
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