Era uma falta de ar com toda a atmosfera ao redor.
Era uma agonia com todos os motivos pra ser feliz.
Estava vazio, tão vazio...
O frio, os dias que não acabam,
o descanso que nunca vem.
Viu o filme e sentiu
que um pedaço de si queria falar.
Mas duvidava da voz que soava.
Era a sombra ou seu coração?
Perseguido por um nó na garganta.
Já estava deixando de se conhecer mais uma vez.
Porque o cinza resolveu se instalar
nos seus dias, no seu corpo.
Encontraria ainda a chave pra sair?
Haveria ainda a luz após a escuridão?
quarta-feira, junho 28, 2017
terça-feira, fevereiro 07, 2017
POENTE
Cada ano a mais
é um osso a mais
que dói no cotidiano.
Cada verão a mais
é um morro a menos
que subo a pé sem me cansar.
Cada ciclo a mais
é um comprimido a mais
que tomo pra dormir.
Cada período a mais
é uma descoberta
de mais uma ruga.
Cada tempo a mais
é um sonho a menos
que é possível realizar.
Envelhecer é dançar uma valsa,
de forma cada vez mais lenta.
É ter uma alma velocista
com um corpo sempre a freiar.
É caminhar para o horizonte,
pálido e melancólico, como o Sol
que sabe que em breve vai se por.
segunda-feira, outubro 24, 2016
terça-feira, maio 17, 2016
VELA DE REZA
Esta vela acendi pra lavar a alma.
Foi a benção mais doce que recebi.
Aprender pela doçura e não pelo fel.
Alicerce construído sem ferir o terreno.
Oxalá, meu grande menino!
Francisco, jovem amigo!
Gabriel, meu velho!
Estou de volta aos teus abraços!
E a luz daquela vela não se apaga mais!
Gabriel, meu velho!
Estou de volta aos teus abraços!
E a luz daquela vela não se apaga mais!
domingo, março 20, 2016
DAS CORRENTES COTIDIANAS
Os países são prisões: você não pode sair dele, nem entrar noutro sem um visto, algo que te autorize a mudar para lá! Nem sempre se está num país porque quer, mas porque falta opção de onde ir viver...
O emprego é uma prisão: você não pode simplesmente sair dele e precisa cumprir aviso prévio (ou pagar uma multa!). Ele determina quanto tempo você terá livre, porque o restante do tempo não é seu.
O dinheiro é uma prisão. Ele te diz até onde se pode ir. Só se caminha neste mundo, só se conquista objetivos neste mundo se o dinheiro abrir um pouco a porta da cela pra gente tomar um breve banho de Sol. Sem ele, a porta da solitária estará sempre lacrada.
O corpo é uma prisão, que impede que se possa sair por aí, desafiando as leis da físicas, sentir o que sente os outros corpos. Todos estamos presos e condenados às nossas próprias sensações e nossas próprias vivências, sem poder experimentar outra perspectiva.
A mente é uma prisão: cada pessoa está encerrada em seus pensamentos e sentimentos, os quais muitas vezes não se controla. A mente nos ilude e nos engana com nossas memórias e esquecimentos, com nossas sabotagens e mecanismos de defesa psíquica. Ela assim o faz e nos prende a uma série de limitações cognitivas, emocionais e estruturais do funcionamento neurológico.
A vida é uma prisão, que se entra sem querer e se é extremamente condenado, caso se tenha o desejo de sair quando se pretende. Não há opção: tem-se que ficar aqui e nada mais resta a fazer. Porque isso é saúde e qualquer desejo contrário é caso de se tratar e se aguentar firme que as coisas passem, mesmo que a vida seja só um mar de dores e mediocridade.
O emprego é uma prisão: você não pode simplesmente sair dele e precisa cumprir aviso prévio (ou pagar uma multa!). Ele determina quanto tempo você terá livre, porque o restante do tempo não é seu.
O dinheiro é uma prisão. Ele te diz até onde se pode ir. Só se caminha neste mundo, só se conquista objetivos neste mundo se o dinheiro abrir um pouco a porta da cela pra gente tomar um breve banho de Sol. Sem ele, a porta da solitária estará sempre lacrada.
O corpo é uma prisão, que impede que se possa sair por aí, desafiando as leis da físicas, sentir o que sente os outros corpos. Todos estamos presos e condenados às nossas próprias sensações e nossas próprias vivências, sem poder experimentar outra perspectiva.
A mente é uma prisão: cada pessoa está encerrada em seus pensamentos e sentimentos, os quais muitas vezes não se controla. A mente nos ilude e nos engana com nossas memórias e esquecimentos, com nossas sabotagens e mecanismos de defesa psíquica. Ela assim o faz e nos prende a uma série de limitações cognitivas, emocionais e estruturais do funcionamento neurológico.
A vida é uma prisão, que se entra sem querer e se é extremamente condenado, caso se tenha o desejo de sair quando se pretende. Não há opção: tem-se que ficar aqui e nada mais resta a fazer. Porque isso é saúde e qualquer desejo contrário é caso de se tratar e se aguentar firme que as coisas passem, mesmo que a vida seja só um mar de dores e mediocridade.
quarta-feira, setembro 02, 2015
CONFIAR
- Ei! Por que você está me perguntando isso?
- Porque eu quero saber, uai...
- Mas você já sabe a resposta... Não é a primeira vez que você me pergunta...
- Queria saber se a resposta não mudou...
- Como mudaria, se só tem 5 minutos que você me perguntou?
- Ah, sei lá... Essas coisas que a gente não vê e que a gente gosta tanto... Vai criando uma coisa que faz o estômago da gente ficar apertado, e a cabeça parece que fica correndo sem conseguir sair do lugar. Faz uma bagunça dentro da gente, sabe?
- Eu sei, mas você precisa confiar. Não pode ficar sofrendo por isso. Confie na minha resposta. Eu não diria nada com a intenção de te machucar. E eu posso garantir: nada mudou!
- Mas eu queria que você me provasse só mais uma vez. Pra acalmar meu coração...
- Mas se eu fizer isso, você nunca vai aprender a confiar em mim. Vai sempre querer provas e provas...
- Mas não é você quem diz que a gente deve confiar mais na gente que nos outros?
- Sim, sou eu mas acontece que.... bom neste caso... o que eu quero dizer... Tá! Eu estaria sendo incoerente! E um pouco de ceticismo faz bem também! Ok. Você me convenceu!
- Então você vai me provar?
- Vou.
- Nossa! Mal posso esperar!
- Vem cá. Olha aqui. Tá vendo? A torta gelada que vamos comer de sobremesa ainda está inteirinha dentro da geladeira! Só tem eu e você aqui, filhinha! Como alguém poderia comê-la? Estamos aqui na cozinha o tempo todo terminando de fazer o almoço...
- Sei lá... pode ter um monstro na geladeira...
- Ai, ai...
- Porque eu quero saber, uai...
- Mas você já sabe a resposta... Não é a primeira vez que você me pergunta...
- Queria saber se a resposta não mudou...
- Como mudaria, se só tem 5 minutos que você me perguntou?
- Ah, sei lá... Essas coisas que a gente não vê e que a gente gosta tanto... Vai criando uma coisa que faz o estômago da gente ficar apertado, e a cabeça parece que fica correndo sem conseguir sair do lugar. Faz uma bagunça dentro da gente, sabe?
- Eu sei, mas você precisa confiar. Não pode ficar sofrendo por isso. Confie na minha resposta. Eu não diria nada com a intenção de te machucar. E eu posso garantir: nada mudou!
- Mas eu queria que você me provasse só mais uma vez. Pra acalmar meu coração...
- Mas se eu fizer isso, você nunca vai aprender a confiar em mim. Vai sempre querer provas e provas...
- Mas não é você quem diz que a gente deve confiar mais na gente que nos outros?
- Sim, sou eu mas acontece que.... bom neste caso... o que eu quero dizer... Tá! Eu estaria sendo incoerente! E um pouco de ceticismo faz bem também! Ok. Você me convenceu!
- Então você vai me provar?
- Vou.
- Nossa! Mal posso esperar!
- Vem cá. Olha aqui. Tá vendo? A torta gelada que vamos comer de sobremesa ainda está inteirinha dentro da geladeira! Só tem eu e você aqui, filhinha! Como alguém poderia comê-la? Estamos aqui na cozinha o tempo todo terminando de fazer o almoço...
- Sei lá... pode ter um monstro na geladeira...
- Ai, ai...
terça-feira, setembro 01, 2015
AVISOU
quarta-feira, abril 29, 2015
COTIDIANO URBANO
Era uma esquina como outra qualquer. Cada um estava de um lado da rua. Ela seguiu na direção dele quando o semáforo se abriu. Ele ia a passos calmos se aproximando dela. Eles se olharam nos olhos, como raras vezes acontece nas cidades grandes. Estavam cada vez mais próximos até que... passaram um pelo outro e seguiram em frente na vida...
quarta-feira, abril 08, 2015
DIFUSÃO SIMPLES
terça-feira, abril 07, 2015
PALAVRAS DE HORTELÃ
"Eu sei bem, princesinha, que você gostaria de ser sabor tutti-frutti. Mas você é hortelã. É você me refresca, meu bem! O verde é uma cor que te traz tanta harmonia..."
Ela parou de traduzir a letra daquela canção e começou a rir. Sério que aquela música tão bonita estava dizendo aquilo? Aquela musicalidade toda... e a letra era assim? Não sabia falar francês e quando se aventurava numa música francesa, encontrava esses versos?
Indagou-se por onde deveria andar o glamour. Teriam notícias dos poetas sensíveis? Ela só precisava de uma frase realmente bonita, para concluir seu livro de citações. Mas... cadê?
Cansada, decidiu ir dormir. Precisava descansar. Na cama, enquanto relaxava, uma frase lhe surgiu, como que uma inspiração. Era realmente uma frase bela. Encaixava perfeitamente com o que precisava, excetuando por um detalhe: não era uma citação, mas uma criação. Contudo, era uma frase tão bonita... Não poderia simplesmente ignorá-la...
Na manhã seguinte, acordou decidida: escreveria outro livro, apenas para incluir a tal frase. Enquanto não encontrasse a citação perfeita para concluir seu atual trabalho, iria dar início já ao seu novo projeto. O mundo precisava daquela frase, mas haveríamos de esperar a obra ser concluída. A palavra dita fora de contexto seria forte. Mas ela queria algo realmente avassalador. Não bastava um suco de abacaxi para refrescar o calor das almas: haveria de colocar nele algumas folhas de hortelã...
Ela parou de traduzir a letra daquela canção e começou a rir. Sério que aquela música tão bonita estava dizendo aquilo? Aquela musicalidade toda... e a letra era assim? Não sabia falar francês e quando se aventurava numa música francesa, encontrava esses versos?
Indagou-se por onde deveria andar o glamour. Teriam notícias dos poetas sensíveis? Ela só precisava de uma frase realmente bonita, para concluir seu livro de citações. Mas... cadê?
Cansada, decidiu ir dormir. Precisava descansar. Na cama, enquanto relaxava, uma frase lhe surgiu, como que uma inspiração. Era realmente uma frase bela. Encaixava perfeitamente com o que precisava, excetuando por um detalhe: não era uma citação, mas uma criação. Contudo, era uma frase tão bonita... Não poderia simplesmente ignorá-la...
Na manhã seguinte, acordou decidida: escreveria outro livro, apenas para incluir a tal frase. Enquanto não encontrasse a citação perfeita para concluir seu atual trabalho, iria dar início já ao seu novo projeto. O mundo precisava daquela frase, mas haveríamos de esperar a obra ser concluída. A palavra dita fora de contexto seria forte. Mas ela queria algo realmente avassalador. Não bastava um suco de abacaxi para refrescar o calor das almas: haveria de colocar nele algumas folhas de hortelã...
O FUTURO DÁ DOIS PASSOS A FRENTE
Um dia normal, como outro qualquer. Ele levantou da cama, se arrumou apressadamente e saiu. Três minutos depois, estava dentro de um ônibus lotado, que balançava seu corpo e chacoalhava sua mente. Sentia que, a qualquer momento, o movimento do ônibus faria sua mente despedaçar e ser corpo ruir, como se fosse feito de cinzas de cigarros. Lembrou-se da companhia dos amigos e de cada cigarro com eles fumado. Teve vontade de acender um ali mesmo, mas não podia. Não agora. Deixaria aquele pequeno momento de prazer para depois.
Decidiu pensar em como lhe foi agradável o último fim de semana. Conversa com amigos, momentos para descansar. Até o tempo estava agradável: nem frio, nem calor, nem chuva, nem sol. Sentia que aqueles momentos deveriam ser mais frequentes em sua vida. Aliás, sentiu que aqueles instantes eram os únicos nos quais ele vivenciava algo que ele poderia chamar de vida, para ser honesto. No restante do tempo, ele apenas sobrevivia. Como seria bom se sua vida fosse diferente. Mas não podia simplesmente mudá-la. Tinha que trabalhar, afinal. Quem sabe quando estiver aposentado...
O certo é que tudo parecia algo distante, a caminho de se atingir. O presente parecia ser roubado dele e ele haveria de se contentar apenas com as possibilidades futuras. Mas a cada passo que ele dava na direção de alcançar seus objetivos, ele os via se afastar um pouco mais. Era como se corresse atrás de uma miragem ou como ver o benfeitor recolher a mão e ir embora. Pensar naquilo tudo era muito triste e era melhor não pensar nisso logo agora de manhã. Era melhor deixar pra depois e tentar começar o dia de forma mais alegre.
Percebeu que o ônibus fazia um desvio em seu caminho. Parece que um acidente impedira o trânsito naquela avenida. Como desceria 4 pontos a frente na tal avenida, pediu para descer e foi caminhando para o seu destino. Logo ao desembarcar, acendeu um cigarro, olhou o relógio e pôs-se em direção ao seu destino. A cada passo, sua cabeça se esvaziava ainda mais. Queria ser mais vazio e não aquele ser cheio de turbulências. Mas isso teria que ficar pra depois. Estava atrasado e precisava se concentrar na velocidade de sua caminhada. Ele tinha pressa pela pressa que os outros tem por ele. Agora ele era da empresa em que trabalhava. Seus planos para si ficariam para depois.
Quando o cigarro acabou, jogou a bituca apagada numa lixeira. Sentiu-se inerte por um momento, contemplando seu ato de abandono. Mas cigarros são assim: haveria de surgir outro para substituí-lo. Esse seria um prazer futuro. Agora, era hora de caminhar. Mecanicamente, passo a passo, seguir em frente. Porque é preciso ir.
Decidiu pensar em como lhe foi agradável o último fim de semana. Conversa com amigos, momentos para descansar. Até o tempo estava agradável: nem frio, nem calor, nem chuva, nem sol. Sentia que aqueles momentos deveriam ser mais frequentes em sua vida. Aliás, sentiu que aqueles instantes eram os únicos nos quais ele vivenciava algo que ele poderia chamar de vida, para ser honesto. No restante do tempo, ele apenas sobrevivia. Como seria bom se sua vida fosse diferente. Mas não podia simplesmente mudá-la. Tinha que trabalhar, afinal. Quem sabe quando estiver aposentado...
O certo é que tudo parecia algo distante, a caminho de se atingir. O presente parecia ser roubado dele e ele haveria de se contentar apenas com as possibilidades futuras. Mas a cada passo que ele dava na direção de alcançar seus objetivos, ele os via se afastar um pouco mais. Era como se corresse atrás de uma miragem ou como ver o benfeitor recolher a mão e ir embora. Pensar naquilo tudo era muito triste e era melhor não pensar nisso logo agora de manhã. Era melhor deixar pra depois e tentar começar o dia de forma mais alegre.
Percebeu que o ônibus fazia um desvio em seu caminho. Parece que um acidente impedira o trânsito naquela avenida. Como desceria 4 pontos a frente na tal avenida, pediu para descer e foi caminhando para o seu destino. Logo ao desembarcar, acendeu um cigarro, olhou o relógio e pôs-se em direção ao seu destino. A cada passo, sua cabeça se esvaziava ainda mais. Queria ser mais vazio e não aquele ser cheio de turbulências. Mas isso teria que ficar pra depois. Estava atrasado e precisava se concentrar na velocidade de sua caminhada. Ele tinha pressa pela pressa que os outros tem por ele. Agora ele era da empresa em que trabalhava. Seus planos para si ficariam para depois.
Quando o cigarro acabou, jogou a bituca apagada numa lixeira. Sentiu-se inerte por um momento, contemplando seu ato de abandono. Mas cigarros são assim: haveria de surgir outro para substituí-lo. Esse seria um prazer futuro. Agora, era hora de caminhar. Mecanicamente, passo a passo, seguir em frente. Porque é preciso ir.
quarta-feira, fevereiro 11, 2015
I'M GONNA SWING FROM THE CHANDELIER
eu,
um retalho.
1 horário.
de verde amarelo, um paspalho!
sem maiúscula, nem contramão
que me confirme ser o que não sou.
CALA A BOCA, MUNDO NOJENTO!!!
JÁ LEVEI TANTA PORRADA!!!
AGORA É HORA DE REVIDAR!!!
eis-me aqui
rasgando
minha virtual
sanidade.
um copo de morte,
indolor, por favor!
EU VOU GRITAR QUANDO
QUISER MOSTRAR
QUE ESTOU SENDO DELICADO!
não tenho compromisso
com a sua coerência.
esse sou eu tentando
domar o vendaval.
PACIÊNCIA!!!
PAZ CIÊNCIA!!!
PÁ CIÊNCIA!!!
cavar o buraco
da única paz
que se pode ter.
não fecha o estrago,
mas destroi
os destroços.
VÁ EMBORA!!!
ENGULO MAIS UMA HORA
QUE SUAS PÍLULAS ME DÃO!
um retalho.
1 horário.
de verde amarelo, um paspalho!
sem maiúscula, nem contramão
que me confirme ser o que não sou.
CALA A BOCA, MUNDO NOJENTO!!!
JÁ LEVEI TANTA PORRADA!!!
AGORA É HORA DE REVIDAR!!!
eis-me aqui
rasgando
minha virtual
sanidade.
um copo de morte,
indolor, por favor!
EU VOU GRITAR QUANDO
QUISER MOSTRAR
QUE ESTOU SENDO DELICADO!
não tenho compromisso
com a sua coerência.
esse sou eu tentando
domar o vendaval.
PACIÊNCIA!!!
PAZ CIÊNCIA!!!
PÁ CIÊNCIA!!!
cavar o buraco
da única paz
que se pode ter.
não fecha o estrago,
mas destroi
os destroços.
VÁ EMBORA!!!
ENGULO MAIS UMA HORA
QUE SUAS PÍLULAS ME DÃO!
quinta-feira, fevereiro 05, 2015
QUANDO OS CAMINHOS SE CRUZAM
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