domingo, janeiro 12, 2025

FAROFA

Ela vinha com seu cachorro na coleira andando devagar pelo passeio. Farofa era o nome dele. Ela reservava uma hora do dia para se dedicar ao Farofa, todos os dias, às 20 horas e 30 minutos. Tinha sempre um grande sorriso no rosto, enquanto caminhava com seu amigo.


Farofa andava devagar porque já tinha 15 anos. Farejava bastante o ambiente, procurando os aromas escondidos em cada lugar. De quando em quando, parava e olhava para a sua tutora com um misto de reverência, amor e pedido de permissão para continuar a caminhar.

Era perceptível a cumplicidade dos dois. Qualquer um podia ver que eram muito felizes pela presença um do outro em suas vidas. Uma parceria bonita de se ver.

Ela trabalhava fora o dia todo e, quando chegava em casa, era uma alegria sem fim, para os dois. O cãozinho feliz pela volta dela e ela feliz pela calorosa recepção. Em seguida, depois de comerem alguma coisa, eles saiam para suas aventuras juntos.

Farofa foi um presente inesperado. Ele havia sido abandonado ainda filhote na praça do bairro. Ela estava passando para ir comprar pão, quando o viu lá na praça. Comoveu-se. Sem pensar muito, o tirou dali e o levou para seu apartamento. Não se arrependeu: ele era comportado e uma boa companhia.

Tantos momentos passaram juntos. As memórias eram ricas, cheias de sons, cores e cheiros. Dava pra escrever um livro!

Esse convívio era pleno. Um ensinou ao outro a lição mais importante de nossas existência: a importância do amor. Só o amor vale a pena.

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