quinta-feira, novembro 27, 2008

PRATO DO DIA


Pasto para postar

LIVRO LIVRE

A veia do sol saltou da sua pele.
Pelejei para escapar veloz.
Viveria vastamente os beijo,
a boca, um bocado de feixes,
faixos e fios de luz.
Lâmina leve
teimou em tentar
um risco, um rio, um ritual.
Hoje gerou um discurso:
Deixa pra lá...

LACUNA

Tenho uma sede tão profunda
que me inunda de desejo
de não desejar tanto
saciar essa grande sede
que sou.

TEMPO GANHA PÃO

Abre a janela e me devolve
a minha costela que eu vou
cheirar esses teus receios
e dormir nos seios da eternidade.
Que o futuro deixará de ser,
o passado será infinitamente,
mas só o presente é eterno.

MEU SIM

Que eu te conte que na minha fronte
mora teu nome, vá lá!
Renovo as juras.
Tua mão me mostra o remo e o leme.
E teu corpo, o teu mar
que eu quero engolir a goles fartos.
Hoje de manhã. Hoje à tarde. Hoje à noite.

PAU TORTO

É de madeira a porta que me protege
também o banco, também o barco.
De madeira, o piso que piso,
o cálice, a cama, o piano.
De madeira é de lei
a cara de pau, a cabeça, até o coração.
O carpinteiro e o cupim:
briga de reis.
O avesso da eternidade.