quinta-feira, abril 22, 2010

COMPLETE...


Eu pensei que...
Por isso decidi que...
A palavra mais doce, enfim é...

CAÇA PALAVRAS


POUCOADIANTOUACENDERCIGARROSFALARPALAVRAOPERDEREU
BEMQUESEQUISDEPOISDETUDOAINDASERFELIZMASJANAOHAJA
EUQUISPLANTARMINHACANCAOILUMINADADEMASASPESSOASNA
CONTAPRAMIMOQUETEFEZCHORARNUNCAMAISQUEROTEVERMAIS
TRSITEZANAOTEMFIMFELICIDADESIMFELICIDADENAOTEMFIM
POSSOESTARSOMASSOUDETODOMUNDOPOREUSERSOUMANEGARSO
TUDONAMAISPERFEITAORDEMTUDONAMAISSANTAPAZSANTAPAZ
UMNOVOTEMPOAPESARDOSCASTIGOSESTAMOSCRESCIDOS1NOVO
APESARDEVOCEAMANHAHADESEROUTRODIAAPESARDEVOCESERA
PRESENTEMENTEEUPOSSOMECONSIDERARUMSUJEITODESORTE!
EHOJEODIADAALEGRIAEATRISTEZANEMPODEPENSAREMCHEGAR
DIGAESPELHOMEUSEHANAAVENIDAALGUEMMAISFELIZQUEEUEU

NÃO OUÇA, NÃO CALE


Eu e minha densidade,
que varia como as luzes no céu,
somos incompreensíveis e imponderáveis.
As vozes que me massacram
fervilham por aí.
Tentar me entender? Pra quê?
Não é pra me ajudar, isso eu sei!
Aliás, não estou mendigando compaixão.
Estou muito bem onde estou.
Espero que a distância se mantenha,
se não for sincera a mão estendida.
Não quero ter mais amigos.
Basta-me as antigas companhias,
ainda que ausentes...
Para alguns, só mesmo a poeira...
Se me faço pesado, caio em pústulas.
Se fico leve, flutuo em cântigos.
As minhas chagas são tão minhas,
deixe estar!
Minhas alegrias são tão nítidas,
veja só!
E só veja.
Leve o punhado que conseguir carregar.
Mas não me tome o que é meu.
Não entre na porta cerrada.
Se o ar fica mais pesado,
não queira me acariciar.
Não preciso de piedade.
Não sou alimento para sua infantil vontade.
Não estou no papel de te ensinar.
E chega de leviandade.
Não leve recado.
Não tire o recado de onde não tem.
Isso é só um aviso.
Uma explosão contida.
Uma batida de asas de borboleta.
Um encontro casual no domingo.
Uma fuga do porão em disparada.
Uma bola de sabão que se esmigalha.
Uma lâmina que se enferruja guardada.
Um tijolo esquecido no quintal.
Um riso sarcástico de fada.
Uma roupa de plumas de pavão.
Um rosto que foge do retrato.
Uma gaita desafinada.
Um inimigo invisível autocriado.
Um cortejo de um pássaro ferido.
Uma lástima derramada...
Um exagero desnecessário.
Um sim dito em resposta ao não.
Um nada de muitas palavras.

quinta-feira, abril 15, 2010

TÃO ANTIGO QUANTO ATUAL


Ela acordou atrasada para o trabalho e logo no primeiro dia! Saiu da câmara de regeneração, trocou de roupa e foi tomar a primeira refeição do dia numa lanchonete no caminho, porque o sistema operacional de sua cozinha estava com um vírus desde a semana passada.
Pegou um aerotáxi para chegar à tempo. Aportou na recepção em cima da hora e foi conduzida ao setor de cadastro biométrico para ter acesso às portas que a levariam ao seu setor. Após o cadastro e passar por várias portas, chegou à sala de pesquisa e criação. Calçou as luvas e colocou os óculos de imersão do ambiente de criação virtual interativo e foi apresentada à equipe de trabalho.
Ela era uma nanoengenheira de microchips recém formada que estava feliz em conseguir seu primeiro emprego.
Um rapaz da equipe lhe chamou a atenção. Era jovem, também recém formado e estava na equipe havia dois meses apenas. Ele tinha um semblante muito triste. Não tinha a energia característica de quem começa uma carreira que lhe agrada.
O expediente de trabalho correu tranquilamente. No último intervalo, ela se aproximou dele na sala de descanço e revigoramento cerebral. Ele estava deitado na maca biomagnética de olhos fechados. Com um certo receio, ela resolvou deitar-se na maca biomagnética ao lado e puxar um papo.
- O dia de trabalho é sempre agitado assim?
- Não. Hoje é segunda-feira e por isso é mais corrido.
- Você é recém formado também certo? Onde estudava?
- No Centro de Estudos Virtuais de Belo Horizonte.
- Sério? Meu irmão mais velho estudou lá também!
Em pouco tempo ficaram amigos. As semanas correram e ele sempre com aquele semblante triste. Até que, numa conversa na sala de descanso e revigoramento cerebral, ela perguntou:
- Bom, sei que não é da minha conta, mas desde que entrei aqui, achei você um pouco triste... É algo em que posso ajudar?
- Oh, desculpe. Está tão evidente assim? Eu não queria...
- Não se preocupe. Só perguntei porque pensei que uma conversa poderia lhe fazer bem...
- Ah, não se preocupe! É só o fim de um relacionamento. Vai passar...
- Tudo bem, se quiser falar, estou aqui!
- Obrigado!
Neste dia, ele foi para casa mais aliviado por se sentir amparado no mundo. Ela foi mais tranquila por saber que tinha um amigo com quem dividir os pesos desses tempos modernos.

sábado, abril 10, 2010

A COR DO INVERNO


O frio vem chegando e me traz lembranças diversas.
Lembro-me de coisas diferentes de quando eu paro pra pensar
nas minhas lembranças de inverno.
Eu estou diferente também.
Sinto que o frio não vem contra mim.
Sinto a minha pele buscar abrigo no agasalho.
Sinto que as folhas não caem mais porque a vida morre.
Sinto que é uma forma das árvores enfeitarem o chão.
Como se fosse uma primavera de cores pálidas.
Como se a alegria estivesse mais contida.
Porém ela está aqui!

POR UM DETALHE


Nós todos somos tão iguais.
Nossa diferença é muito sutil.
Uma vírgula no meio de tanto a se dizer.
- Não, mais!!!
- Não mais!!!

quarta-feira, abril 07, 2010

É MEU


Eu abro as portas, mas peço que mantenha distância.
Eu jogo aberto, mas marco o meu território.
Por que diabos os outros querem ainda mais?
Cultivo a descoberta daquela pessoa
que eu não sabia que vive dentro de mim.
Você quer um segredo meu?
Algo que seja só entre você e eu?
Um fato que sacramente a amizade e confiança?
Pois bem, saiba lá:
Eu sou feliz!

sexta-feira, abril 02, 2010

CRIANÇA GRANDE NA COZINHA


Tempo se divertindo: 1h e 40min.
Rende: Suficiente para 4 esfomeados.

O que é preciso:
1 lindo e digno quilo de batatas inglesas
1 colher (chá) de sal pra dar um gostinho especial
1 xícara esmaltada ou não de farinha de trigo
1 colher (sopa) de margarina ou manteiga caprichada
2 ou 2 e meia gemas de ovo de galinha da granja

O que eu faço com isso tudo?
1) O melhor, pra começar, é pegar as batatas, cozinhar e amassar como se fosse fazer um purê. É divertido...
2) Junte ao purê o sal, a farinha, a margarina e as gemas. Misture como se fosse fazer massinha de modelar.
3) A outra parte da diversão é colocar uma panela com mais ou menos 5 L de água pra ferver com um fio de óleo. Aqui, a massa vai ser cozinhada!!!
4)Enfarinhar uma superfície, enrolando canudinhos de massa e cortando - os do tamanho desejado para fazer a festa.
5)Jogue, com cuidado, cada pedacinho na água, tomando o cuidado de não encher muito a panela pra não grudarem uns nos outros...
6) Agora é só brincar de resgate ao náufrago. Quando você vir um boiando-o retire-o da panela.
7) Bote um molho por cima e não brinque de guerra de comida porque papai do céu não gosta e o negócio fica muito bom...