domingo, junho 29, 2014

DO PARAÍSO AO CHÃO

Dizia o poeta assim:
"Todos juntos, somos fortes".
Nisso eu quis crer.

E, de repente, estamos todos nós
no vão do grande precipício,
sentindo nossos corpos caírem
e não há mais ninguém pra dar a mão.

Não sei se chamo isto
de companheirismo solitário
ou digo que é uma
compartilhada solidão.

segunda-feira, junho 16, 2014

SEM MENINO NO ESPELHO

E foi assim que percebi
que a dor diminuiu,
mas que, talvez, ela
nunca mais vá embora
totalmente.

Como se eu tentasse
fazer um espelho quebrado
ficar inteiro outra vez.

PÓS-MODERNIDADES

Poetas em 140 caracteres vivem a dor e o prazer na velocidade da luz num tempo no qual as trevas insistem em se impor.


E eu desaprendi a ler livros de papel.