sexta-feira, maio 15, 2009

NO GÁS


Há muitos dias eu perseguia, ao longe, a moça que vendia balões na praia. Eu simplesmente precisava saber mais dela.
Fazia mais de um mês que passei apressado ao lado dela e quando meus olhos passaram rasos sobre o seu rosto, vi um sorriso que nunca tinha visto antes. Fiquei dias tentando ver aquele sorriso, mas ela não o repetiu.
Eu queria aquele sorriso. Queria prendê-lo dentro de uma garrafa pra ele nunca mais me escapar...
Foi assim que eu descobri que a gente, como os balões de gás hélio, vamos murchando devagar.
E quando eu estava quase vazio, encostei sem querer na beirada do guardassol e, como um balão, estourei!

3 comentários:

Luanda Perséfony disse...

"Foi assim que eu descobri que a gente, como os balões de gás hélio, vamos murchando devagar..." mas, a gente se enche de novo, existem, sempre, novos sorrisos

estou esperendo seus sopros, e as mãos dadas para voarmos juntos

I looooooooooove you!

Fênix in Onix disse...

bravo. bravo.

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Lu, belo comlemento! rsrsrs... Bjosssssssssss!
Fenix in Onix, vc sabe que as reverências são mais pra vc que pra mim... Se não fosse vc, o que seria de mim? Só os amigos pra não deixarem a gente murchar e estourar de vez! Abraços e afagos!