segunda-feira, julho 05, 2010

TU, INGRATA!


Se na calada da noite
queres me alcançar calada,
eu tento escapar
para sobreviver.
Como um gemido preso
pelos lábios selados
entre pudor e o prazer.
Ah, doida agonia!
Por que castigas
assim a quem amas?
Ou sou somente eu
que enxergo em ti um amor?
Tu, ingrata companheira,
visitas-me numa surpresa
e invades gentilmente
um espaço que ultimamente
já espero ser seu.
Será que me apeguei a ti?
Ou será que criei um vazio
no que deixou de ser eu?

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