domingo, dezembro 02, 2007

UMA AVALIAÇÃO PARCIAL DA IMPARCIALIDADE

A imprensa, até onde eu imagino que deve ser, tem de procurar ser o mais imparcial possível para noticiar os fatos e explicitar bem todos os lados da questão.
Essa medida é necessária para que a notícia chegue o mais próximo possível da verdade, uma vez que todos os lados envolvidos na questão podem se manifestar.
Pelo menos, isso é uma boa na teoria, não é? Porque, na prática, a gente passa longe disso...
Um exemplo pequeno (e até ingênuo) é o alarde que a mídia está fazendo agora após o rebaixamento do Corinthians (notícia fresquinha no meu Blog? Eu até poderia ser jornalista esportivo... Não, pensando bem, melhor não... Huahuahua!).
Se a imprensa tivesse a imparcialidade que ela afirma ter, não faria tanto barulho para este fato. Ou deveria fazer o mesmo escândalo para toda vez que um time fosse rebaixado.
Todo ano, tem ao menos um time que vai para a segunda divisão do campeonato brasileiro e não se vê tanta mobilização da imprensa em alardear isso. Tudo bem, podem argumentar que é porque são times pequenos que tem torcidas pequenas, então a notícia interessaria, em teoria, a um número menor de pessoas. Mas não me lembro de tanto alarde quando foram rebaixados o Palmeiras, o Atlético Mineiro, o Grêmio... Esses são inegavelmente times grandes, com uma torcida grande, e a imprensa não fez a metade do estardalhaço que está fazendo agora. E então qual o argumento?
Aposto que dirão: "a torcida do Corinthians é maior que a desses times e, por isso, a notícia interessa a mais pessoas". Ok. Se for assim, quanto maior o time, mais notícia. E o raciocínio pode se estender: quanto maior o poder, mais notícia. E olha que a linha de pensamento pode ir além, mas não vou fazê-lo para não perder o foco dessa discursão. Como se pode afirmar que há imparcialidade, se é feita uma escolha do que será noticiado, pensando no que vai agradar um determinado grupo que recebe a notícia?
Já parou pra pensar que o Brasil, na mídia, se resume aos bairos das capitais de São Paulo e Rio de Janeiro? E mesmo assim, nem todos os bairros dessas cidades: só "aqueles que interessam"...
Muita gente é anti-corinthiana e assumo que sou um pouco, pois não posso esconder uma leve satisfação (com gosto de "bem feito!"...) nesse rebaixamento. E é o que eu vou focar daqui para frente, para não cair numa leve depressão causada pelo raciocínio dessa nossa pequena realidade...

2 comentários:

Anônimo disse...

a impressa...

ruim com ela,
pior sem ela...

acho que é isso rsrsrsrs

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Lu, acho que vc tem razão... Aquele abraço,ok?