domingo, janeiro 25, 2009

MEU CALOR

Vou dançar com a chama do teu isqueiro,
pois num afago, começa o ritual.
Sacrifício do recalque, para que nasça o homem sacana,
o homem vontade, liberto de si.
Sem perder a ternura, forte.
E bailar contigo, pra fazer chover em ti.
Num frenesi louco de arrancar suspiros.
De sentir tua pele macia retalhando a minha pele rude.
De sentir minha barba contornar tuas curvas.
De meu lábio saciar em teus lábios.
Minhas mãos agora são o teu lar.
E me afogo em teus seios,
nos teus beijos, na malícia de sua língua...
Eu sou o gás, você é a faísca.
Deixa eu apagar o incêndio com um pouco de gasolina.
Fazer a Lua crescer, até o Sol raiar.
Deixar a insanidade nos guiar, profana.
Num jogo de olhos, língua, dedos e o que mais for.
E num roupante crescente, quase te engolir.
O teu gosto é todo meu.
Até o tremor do deleite ser teu e meu.
Até a fisionomia mudar. Satisfeita.

3 comentários:

Fênix in Onix disse...

Fiquei pensando...
Qdo sou eu a escrever sobre pele e cores me taxam de safado. O que nos difere é que o seu tem amor, no meu só o sabor do corpo... Mas ambas são institivamente humanas, carnais...
Quem me explica?! Quem nos explica?!
Sinceramente acho que somos 2 grandes putos...
E boa part do que sou...ah meu caro é culpa sua, sim!

Luanda Perséfony disse...

"...OLHOS DE CORÇA
LEVE
TODA CORTIÇA
PASSA
COMO QUE NUA
CALMA
FINGE QUE VOA
BRASA
CHAMA NA AREIA..."

Sinceramente acho que somos "3" grandes putos
É boa parte do que "somos"... ah meu caro é culpa "nossa", sim!

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Fenix in Onix, como diria Rita Lee: "Não sou freira nem sou puta"... Sou o que sou. E somos o que somos, não é? Abraços, meu estimado amigo!
Lu, captando bem o sentimento do que foi escrito e do que ficou subentendido. E acertando até minha resposta ao comentário alheio... Dá-lhe sintonia! rsrsrs... bjoooooooos!