sexta-feira, janeiro 08, 2010

JARDINEIRO


Carrego minha casa.
E vigio com espingarda.
Às vezes cochilo, vacilante.
Ninguém entra, ninguém sai.
O chão é todo meu.
A pintura de qualquer um.
Nas pilastras, ninguém pode tocar...
O meu coração está em cada canto.
Cada canto está no meu coração.
Eu sou a porta e as antenas...
Nem tudo é meu, todavia.
Empréstimo de um Grande Irmão.
Mas o canteiro é meu jardim.
E guardo nos fundos as mais belas sementes
para aprender a ser o jardineiro.

2 comentários:

Anônimo disse...

ô rapha, te contar que eu também ando vigiando minha casa com uma espingarda mas às vezes vacilo; quando tropeço na dúvida que me pergunta se isso tudo, toda essa cautela, é mesmo tão necessária e se lá na frente eu não for uma boa jardineira e as flores não brotarem?
é ruim não saber quanto tempo esse curso dura.
nos desejo sorte.

=*

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Luiza, a vigilância é necessária, mas não o isolamento, né? Vamos fazer nossos jardins, então! Beijos!
Léo, ainda estou aprendendo, mas obrigado pelas sábias dicas! Abraços!