domingo, maio 25, 2008

POROS

Explodo em silêncio pela noite longa e vulgar.
Como um cão vadio, giro pela cidade sem sair do meu colchão.
Nada me é incomum por aqui, já estive muitas vezes nesses lugares.
Só um fato me acalma: olhar para o lado...
Sinto atento o toque da pele,
os poros agora transbordam
um quente desejo calado.
Descubro que as mãos sozinhas podem me fazer girar.
Transpiro o que minh'alma abunda.
Deixo a exaustão tomar-me em meus braços,
quando o dia já avisa que está para chegar.
Os poros agora apenas clamam no silêncio o que já tem.

2 comentários:

Luanda Perséfony disse...

... noites que em sua essência são capazes de durar o instante da eternidade...

...silêncio que grita o amor, os poros, a pele e pêlos calmos do olhar ao lado...

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Uau....Lu,vc tem descrições de arrepiar... Ou será que minha imaginação vai longe com suas palavras? Bjs!