sábado, dezembro 29, 2012

COLOSSO

Ele era um homem muito admirado por sua força. E não apenas a força física, mas aquela força interior que somente ele possuía e o fazia suportar os maiores abalos sem ao menos mudar a sua expressão facial.

Era capaz de resistir à socos, chutes e os golpes mais mortais. Mas também suportava a morte de pessoas muito queridas, perdas de todos os tipos, desilusões amorosas, falta de respectiva no futuro, estresses extremos, traições e todo tipo de padecimento possível.

Vários tentaram seguir seus passos, mas sem sucesso pois desconheciam a fonte de tanta força.

Certa vez, quando tudo parecia tranquilo, ele resolveu caminhar pelo parque da cidade para aproveitar o belo dia de sol. A brisa estava tão agradável! As cores tão bonitas! Tudo parecia estar numa estranha harmonia, exageradamente serena.

Resolveu sentar-se num banco para descansar e respirou profundamente. Nesse momento uma joaninha pousou em seu forte braço esquerdo. Para o seu terror, viu que a brisa começava a arrancar de seu corpo um pó acinzentado. E assim dissolveu-se no ar como poeira levada pelo vento.