domingo, outubro 28, 2007

SEM TE DEIXAR

Eu quase te deixei. Por um momento, quis te abandonar. Deixar-te por aí, às traças. Até que a poeira do tempo te cobrisse e fizesse todo mundo esquecer você.
E nunca mais tatuaria em você minhas verdades, minhas mentiras, meus devaneios, meus sonhos, minhas idéias, nem às lembranças daquilo que eu nunca vivi...
Mas não posso fazer isso. Porque você foi em você que eu me apoiei, quando precisei. E, no meio da madrugada chuvosa e sem nuvens você foi minha companhia fiel. Nas alegrias sufocantes, você gritou comigo. Nos dias em que apenas quis ser outra pessoa, você me fez ser quem eu quisesse.
Não poderia te abandonar, simplesmente. Não vou te largar, porque preciso de você. Como parte da minha vida. Você não é para mim só um espaço em branco em que eu faço as pichações que me levam ao céu. Eu sou como você. Vazio. E, juntos, a gente se completa.
Letras e fotos unidas publicam minha alma fantasiada de carnaval. Isso eu não deixarei. A porta sempre está aberta.

13 comentários:

Luanda Perséfony disse...

UFA!!!

Juro que, mesmo descrente, cheguei a acreditar... e assim, imaginei me em noites sem sono... seria mais uma pagina a visitar passados, sonhar lembranças e chorar imagens que não mudam mais...

que bom que esta está de volta sem ter ido...


Esse espaço é você!!!

Você é este espaço!!!

Nós somos você quando nos encontramos em suas palavras!!!

Nós somos você quando nos encontramos em suas imagens!!!

você é um pouco de nós quando nos deixa aqui NO SEU espaço...

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Lu, não vou mais abandonar esse blog... Mas a casa é sua também! Seja sempre bem-vinda ao lugar onde minha mente fica nua diante de todos... Obrigado pela força indireta que só poucas pessoas com sinceridade no coração sabem proporcionar aos amigos! Um beijo! EU TE AMO!

Marcus Vinícius Evaristo disse...

Meu Deus, que rapaziada romântica nesse comentários...

Falar o que sobre seus posts... Publique um livro e fique rico.

"A recepção" não vai me deixar dormir essa noite.

Miguel Arcanjo Prado disse...

Rapha, escrever é preciso. Dizia isso outro dia ao meu primo Guilherme, autor dos meus sonhos, poeta da minha vida, condenado a terminar um roteiro em poucos dias...

Sempre abri meus diários, nos quais conto sempre minha alegria ou dor, com a poesia Razão de Ser, do Paulo Leminski, que tanto tem a ver comigo. Um dia li e virou um mantra.

E, mesmo não sendo você um profissional da escrita, mas um poeta porreta e letrista dos bons, vale pra ti também:

Razão de Ser - Paulo Leminski

Escrevo e pronto.
Escrevo porque preciso.
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

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Não é tudo?
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PS. Guilherme mostrou-me hoje o roteiro do show. Atores nos viverão. Você precisa estar. Depois te mando informes. O sax do João Paulo Prazeres nos ensaios ultimamente me emudece.

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Marcus, a idéia do livro já é velha... Já leu o post "Um Livro" do mês de setembro? Eu ainda publico esses livros... Ficar rico é que stá difícil... Obrigado por voltar à "sala que ninguém mais quis pisar". Já tava fazendo falta... Sobre o romantismo, questão de interpretação (e vc sabe como é isso...). Agora, "A Recepção" é história que já se foi... Abração, grande!

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Miguel, Leminski eu sempre gosto e concordo. Esse eu já conhecia... Boa sorte!

Vanessa Anício disse...

Rapha...concordo com vc.
Não se desfazer das lembranças e deixar a porta aberta é importante e saudável.sempre procurando a estabilidade...

Grande beijo!

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Vanessa, obrigado. GRANDE BEIJO!!!!

Renato Carvalho ® disse...

o q dizer?
tudo bem,dessa vez nada,pois passou pela minha cabeça fazer um dakeles comentarios q todos comentariam como um post...
continue assim garoto!!!

Anônimo disse...

se fechar a porta eu arrombo...brincadeira.....

silvinha disse...

N�o sei qual � o seu "VOC�", n�o sei se a fotografia ou mesmo escritos, � algo mesmo indefinivel, mas � um "VOC�" ess�ncial, pelo linhas escritas talvez vital... n�o deixe que a porta se feche pra "VOC�"....simplesmente adorei....

Anônimo disse...

Olá Rafael,
sou uma leiga e posso não ter entendido o real sentido de "deixar a porta sempre aberta", mas se me permite, gostaria de me expressar mesmo assim ( começar a exercitar, sabe!)
Portas abertas, as vezes se tornam angústias, boas lembranças não. Deixar portas abertas, não significa viver do outro lado delas, mas quem sabe acreditar que algum dia já estivemos lá e como aquilo foi bom!
Um abraço,
Gabrielle / Aracaju- SE

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Renato, as vezes o silêncio é a melhor ajuda. Abraço!
Franz, huahuahuahua! Cuidado que a agressividade não leva a nada... rrsrsrsrsrs...
Silvia, não deixarei a porta se fechar... Beijos!
Gabrielle, quanta honra! O povo sergipano visitando meu bolg! Que legal! Gostei muito dessa terra, quando fui por aí... mas isso é uma lembrança, que ficou. A porta aberta é só pra gente passar por ela, sempre... Concordo com você, afinal! Um grande abraço!