sábado, novembro 17, 2007

OS RAIOS

Luz tem que ser na medida: se for pouca, os olhos não se saciarão. Se for demais, ofusca e machuca a visão.
Eu fiquei sentado, sob a laranjeira, buscando enxergar qualquer delícia ou delírio nas nuvens que passavam. Mas os raios de Sol, passando pelos galhos, às vezes me impediam. Mesmo assim, não deixava de ver a beleza das luzes que escorriam por entre as folhas.
Os ventos me lembravam o que significava a suavidade e eu deixava o calor leve esquentar minha face.
Pode até não parecer, eu sei. Apesar da serenidade, sou bicho do mato. Sou o vento e a luz. Sou o antes, durante e o depois. E ninguém vai me dizer qual direção meu nariz deve apontar e qual melhor instante.
Da minha bússola, eu sou o norte!

4 comentários:

Anônimo disse...

ih... nossa quantas música... desta vez vc ligou a vitrola de verdade, seria:

"(...) De onde vem o jeito tão sem defeito que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso está se exibindo pra solidão (...)"

ou

"(... ) faz parte desse jogo dizer ao mundo todo que só conhece o seu quinhão ruim (...)"

ou

"(...) Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor (...)"

ou

"(...) parece o que não se diz, pro seu caso é o tempo passar (...)"

ou

"(...) Ponho meu sapato novo e vou passear sozinho como de eu vou até a beira, besteira qualquer, nem choro mais (...)"


(...)


ah, no final acho que vc deve voltar la no inicio e cantar bem alto... "(...) eu não vou mudar não, eu vou ficar são mesmo se for só. Não vou ceder!!! Deus vai dar aval sim, o mal vai ter fim. E, no final, assim calado eu sei que vou ser coroado rei de mim."

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Lu, quanta música! Esse texto foi escrito numa livre associação: nem eu sei direito o que ele quer dizer... Eu só tenho algo a dizer pra vc: TE ADOOOOOOOOOOORO! Bjjjjjssssssss!

Vanessa Anício disse...

"Apesar da serenidade, sou bicho do mato. Sou o vento e a luz. Sou o antes, durante e o depois. E ninguém vai me dizer qual direção meu nariz deve apontar e qual melhor instante."
Essa frase vai para a minha agenda. é uma filosofia!rs...

o que mais me fez parar foi: "enxergar qualquer delícia ou delírio nas nuvens" pensei mais pelo sentido literal mesmo.As nuvens são enugmáticas...quando menos se espera forma-se algo nítido e fico paralisada pensando em como aquilo me apareceu.e as vezes os "galhos" impedem de descobrir o segredo!

Lindo,Rapha!!!!
Saudades de vc!!!
Grande beijo!

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Ei, garotinha! Obrigado por gostar tanto deste texto: ele me ajudou um bocdo também... Começo a caminhar devagar agora... E não é que eu também tenho isso com as núvens? Que os bons ventos as tragam, como trouxeram vc! Saudade também, enorme! Grande Beijo, Vanessa!